HISTÓRICO DA SOCIEDADE FILARMÔNICA
LIRA POPULAR DE CASTRO ALVES


 

As primeiras diretorias das Filarmônicas do recôncavo baiano eram formadas por grupos intelectuais abolicionistas, que usavam essas entidades para expressar seus ideais, as outras eram formadas pelos senhores de engenho assim mostravam toda força e poder.
Na cidade de Curralinho ainda no século XIX já existia duas filarmônicas, no século XX essas agremiações já fortalecidas organizam documentos e registra-se em cartório assim receberam kit de instrumentos vindo da Europa (França). Com todo esse prestigio conseguiam manter grandes sedes, que não se restringia a arte de execução musical. Com o advento das primeiras entidades, suas diretorias interessavam-se pela criação de bibliotecas e de salas para audição de poemas apresentações de dança etc.


 

Em 1937 depois de sete anos calada as filarmônicas voltam a desfilar tocando não só marchas, dobrados, maxixes e polacas, também os Hinos: Nacional Brasileiro, da Independência, da Bandeira, 2 de Julho etc. Nas ruas de Castro Alves volta as memoráveis retretas, os pégas entre a Lira e a Bomfim, nosso Coreto à Praça Dionísio Cerqueira transformava-se em um verdadeiro campo de batalha, chega à madrugada repertórios esgotados até uma ser considerada vencedora.
Nos anos 40 a Lira Popular sofre o seu primeiro grande golpe quando perde a sua sede localizada à Praça Dionísio Cerqueira, descaracterizando a nossa banda e nossa cidade, porque as principais praças das cidades do interior são compostas de Igreja Matriz, Coreto, e Filarmônicas.

Nos anos 50, década de ouro dos Clubes Sociais os diretores da Lira ergueram uma nova sede com salão de festas área para piscinas e quadra poli esportiva já em novo endereço, a Rua Dr. Osvaldo Campos. Na
regência o grande maestro Castroalvense Abel Novaes autor de diversos dobrados, marchas, arranjos popular etc. Por sua vez era Oficial de Justiça e teve que ser transferido para Salvador. Na metade dos anos 60 quem assume nossa banda e o castroalvense Edson Vilas Boas (Edinho) o então sargento do Corpo de Bombeiros que em 1968, por imposição do AI 5 (ato institucional nº5), tem que retornar para sua corporação. No mesmo ano chega o grande maestro e compositor Everaldo João Moncorvo autor de diversos dobrados, marchas, arranjos popular, frevos, fantasias etc, que fica a frente da Banda até o ano de 1982.

Reformado da carreira militar, o mestre Edinho, retorna a cidade de Castro Alves reassumindo a regência da Lira Popular, mesmo com a crise cultural que ainda atinge o Brasil, ele revitaliza a escola de música consegue o novo kit de instrumentos e Castro Alves volta a viver muitos anos de alegria. O amante da música faleceu em 08 de Outubro de 1995, tocando trompete a frente de sua querida Filarmônica. E voltamos a viver anos de muitas dificuldades perdendo quase tudo que conquistamos.


 

Vale ressaltar que no século XIX Castro Alves ainda era uma vila e já conseguia sustentar duas filarmônicas, hoje em pleno século XXI e o mundo globalizado não conseguimos recursos para manter uma. Naquela época só as diretorias era formada por pessoas da alta sociedade, os benefícios ou aprendizado sempre foi voltado aos menos favorecidos, o povo da periferia (músicos). Hoje os clubes sociais quebraram e as filarmônicas foram abandonadas e estão entregues a esses amigos da musica que não dispõe de recursos para manter um custo tão alto. E mesmo assim vale apena continuar tocando esse projeto sociocultural importantíssimo para nossa comunidade. Sabendo que a falta de apoio e a situação precária da nossa sede não é motivo de orgulho para nossa Castro Alves. Ainda resistimos e marcamos presença nos acontecimentos de alguma importância para a vida do município, como um veículo fiel na expressão das emoções e sentimentos cívicos e religiosos de sua população alem disso a “Lira Popular” tem realizado importantes excursões e tocatas nas seguintes cidades e até na capital do nosso Estado: São Felix Irará, Sapeaçú, Santa Teresinha, Itatim, Iaçú, Rafael Jambeiro, Marcionilio Souza, Iramaia, Nova Itarana, Amargosa e outras.

Projeto domingo no parque secretaria de cultura e turismo – pelourinho e parque Costa Azul em Salvador-Bahia- 1997.

Formação dos músicos, difícil trabalho que exigi muita paciência e dedicação são 60 alunos em fase de teoria musical,10 alunos em estudo com instrumentos, 20 alunos formam a Banda juvenil e mais 30 músicos formam a Banda Principal que é a última fase de formação dos músicos, onde eles já lêem partituras adquirem técnicas de como dominar um instrumento. Salientamos que todos esses músicos que saem das filarmônicas estão aptos a viver da música porque são profissionais.

Esse é o nosso trabalho através da música profissionalizar jovens e adultos, menos favorecido de nossa Castro Alves. São 120 alunos entre aprendizes e músicos cidadãos que certamente estarão longe do crime, da prostituição e das drogas.


Banda Juvenil em apresentação na zona rural de Castro Alves


Varios projetos são realizados como a nossa oficina de pequenos reparos em instrumentos, assim é possivel que a Lira ainda hoje consiga manter em uso instrumentos de 1926 em bom estado de conservaçâo.

A causa trabalhista que rola na justiça contra o Lyra Tênis clube, que surgiu depois da filarmônica com o propósito de ajudar, prejudica o seu desenvolvimento.

Necessidades mais urgentes um kit de Instrumentos, Fardamento, armário para guardar os instrumentos, estantes de partituras, cadeiras para músicos, bebedouro, guarda-roupa para o fardamento, arquivo de conservação de partituras, um computador com impressora para nos auxiliar na recuperação de partituras.

Ensaios da Banda

 

 

Tocata em Homenagem a Nossa Senhora da Conceição
08 de Dezembro de 2009

Apresentação de Filarmônica Lira Popular no XII Festival de Filarmônicas do Recôncavo

 

 

Prestação de contas 2009

 

Aquisição de uma bateria completa marca (GROOVIN) sendo assim destacamos os acessórios: estante suporte com pratos de condução, máquina de chimbal com pratos, pedal de bombo, dois tons, uma caixa, um surdo, uma estante para caixa, um bombo, um par de baquetas, uma chave de afinação. Essa compra só foi possível mediante doação de R$ 500,00 (quinhentos reais) do Srº Edmundo Neves da Silva, R$ 100,00 (cem reais) do Srº Augusto Cezar Lago,R$ 200,00 (duzentos reais) do Srº Abimael de Oliveira Santos, R$100,00 (cem reais) do Srº Edinaldo dos Santos Melo,R$ 300,00 (trezentos reais) proviniente da prefeitura de Castro Alves (doação pela apresentação da filarmônica nos festejos do 14 de março de 2009) perfazendo um total de R$ 1,200,00 (um mil e duzentos reais).

Doação do ponto de cultura, um sax alto marca (ARENA- nº 321859) uma clarineta 17 chaves marca (PHONIX) uma flauta transversal marca (ARENA- nº 8371). Acessórios: uma baqueta para bombo, um par de baquetas para caixa, um talabar para caixa, um talabar para bombo, uma pele de ataque e uma de resposta para caixa, duas esteiras de 36 fios para caixa, cinco palhetas para sax baritono 11 palhetas para sax tenor ,12 palhetas para sax alto, 7 palhetas para clarineta 1 palheta para sax soprano.
Fardamento: 26 calças, 26 camisas.
O ponto de cultura também manteve um instrutor / monitor o músico (Geovane Santos de Jesus) durante quatro meses ministrando aulas em nossa escola.


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